Saber lidar com a vergonha é ser capaz de dizer “Isso dói. Isso é decepcionante e talvez até devastador. Mas o sucesso, o reconhecimento externo e a aprovação dos outros não são os valores que me controlam. O meu valor é a coragem, e eu fui corajoso. Não me envergonho disso”
A vulnerabilidade se baseia na reciprocidade e requer confiança e limites. Tem a ver com compartilhar nossos sentimentos e experiências com pessoas que conquistaram o direito de conhece-los. Estar vulnerável e aberto é uma parte integrante do processo de construção da confiança.
Estamos aqui para criar vínculos com as pessoas. Fomos concebidos para nos conectar uns com os outros. Esse contato é o que dá propósito e sentido à nossa vida, e, sem ele, sofremos.
Quando estamos vulneráveis ficamos totalmente expostos, sentimos que entramos numa câmara de tortura (que chamamos de incerteza) e assumimos um risco emocional enorme. Mas nada disso tem a ver com fraqueza. Vulnerabilidade não é algo bom e nem mau, pois quando estamos vulneráveis é que nascem o amor, a aceitação, a alegria, a coragem, a empatia, a criatividade, a confiança e a autenticidade.
Quando a vergonha se torna um estilo de gerenciamento, a motivação vai embora e quando errar não é uma opção, não existe aprendizado, criatividade ou inovação.
A jornada da vulnerabilidade não foi feita para se percorrer sozinho. Nós precisamos de apoio. Precisamos de pessoas que nos ajudem na tentativa de trilhar novas maneiras de ser e não nos julguem. Precisamos de uma mão para nos levantar quando cairmos (e se você se entregar a uma vida corajosa, levará alguns tombos). A maioria de nós sabe muito bem prestar ajuda, mas, quando se trata de vulnerabilidade, é preciso saber pedir ajuda também.
O que tem em comum as pessoas que lidam bem com a própria vulnerabilidade e acreditam no próprio valor, conseguindo ser uma pessoa plena;
- Cultiva a autenticidade; e liberta do que os outros pensam.
- Cultiva a autocompaixão; se liberta do perfeccionismo.
- Cultiva um espirito flexível; se liberta da monotonia e da impotência.
- Cultiva gratidão e alegria; se liberta do sentimento de escassez e do medo do desconhecido.
- Cultiva intuição e fé; se liberta da necessidade de certezas.
- Cultiva a criatividade; se liberta da comparação.
- Cultiva o lazer e o descanso; se liberta da exaustão como símbolo de status e da produtividade como fator de autoestima.
- Cultiva a calma e a tranquilidade; se liberdade da ansiedade como estilo de vida.
- Cultiva tarefas relevantes, se liberta de dúvidas e suposições.
- Cultiva risadas, música e dança; se liberta da indiferença e de “estar sempre no controle”.
Viver plenamente quer dizer abraçar a vida a partir de um sentimento de amor-próprio. Isso significa cultivar coragem, compaixão e vínculos suficientes para acordar de manhã e pensar: “Não importa o que eu fizer hoje ou o que eu deixar de fazer, eu tenho meu valor”. E ir para a cama a noite e dizer: “Sim, eu sou imperfeito, vulnerável e as vezes tenho medo, mas isso não muda a verdade de que também sou corajoso e merecedor de amor e aceitação”.
Vulnerabilidade gera vulnerabilidade; e a coragem é contagiosa, pois quem nos ama estará ao nosso lado, independentemente dos resultados que podemos alcançar.
O TEXTO FOI BASEADO NO LIVRO A CORAGEM DE SER IMPERFEITO – BRENÉ BROWN.
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